quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Diabetes em cães

Assim como nos humanos, os cães também podem desenvolver diabetes. Os sintomas são idênticos e a doença desenvolve-se de forma semelhante.
A diabetes surge geralmente em cães idosos, a partir dos 8 anos e tem maior incidência nas fêmeas com excesso de peso, mas pode ocorrer, eventualmente, em cães mais jovens. Esta doença pode causar a morte se não for controlada, mas se seguir os conselhos do veterinário, ele terá longevidade e a qualidade de vida não será comprometida. A diabetes em cães é o resultado de uma deficiência do hormônio insulina, que provoca uma diminuição na capacidade de metabólicas açucares no sangue.
insulina

A diabetes em cães

A diabetes em cães assim como nos seres humanos, vem em duas formas:
Tipo I: quando o corpo não produz insulina suficiente.
Tipo II:  quando o corpo perde sua capacidade de usar a insulina eficazmente para processar açúcares. Quase todos os cães tem diabetes tipo I, mas eventualmente podem ter a diabetes tipo II.

Quais os sinais e sintomas da diabetes em cães?
 A maior parte dos cães com diabetes tem mais sede e urina mais. Embora o apetite geralmente seja bom ou até maior que o normal, muitas vezes há a perda de peso. Alguns cães, no entanto, podem tornar-se obesos. Em alguns casos, a cegueira devido a catarata pode ser a primeira indicação ao dono que existe um problema. A catarata se manifesta com olhos opacos ou perda da visão.
 Várias doenças ocorrem em conjunto com o diabetes melitus, incluindo a doença de Cushing (hiperadrenocorticismo), infecções do trato urinário, o hipotiroidismo, a pancreatite aguda e câncer. A presença destas doenças pode complicar o diagnóstico e o tratamento efetivo do diabetes.
 Cães podem desenvolver uma graves complicação devido ao diabetes conhecido como cetoacidose. Nesta condição grave, a glicose no sangue aumenta muito e partículas de gordura (cetonas) presentes no sangue se acumulam. Isto pode causar letargia grave, fraqueza e vômito.

cachorro bebendo água

 Como o diabetes é diagnosticado em cães?

O diabetes em cães é diagnosticado com base nos sinais clínicos, e como descrito acima, pela presença de glicose na urina, e de testes de sangue que demonstram a glicose persistentemente alta. Pelo fato de existirem complicações, muitas vezes devido outras doenças presentes, geralmente os seguintes exames são recomendados: hemograma completo, exame bioquímico e exame de urina.

 Como o diabetes é tratado em cães?

O diabetes não pode ser curado, mas pode ser controlado. O diabetes em cães é tratado pela combinação de exercícios físicos regulares, dieta controlada e insulina.

 Exercícios

A quantidade de insulina necessária para um animal é diretamente ligada à sua dieta e produção de energia. Um cão que corre todo dia vários quilômetros com seu dono terá necessidade muito diferente de insulina do que cão sedentário. Ao regular a insulina, é importante que o cão faça aproximadamente a mesma quantidade de exercício todos dia.


Dieta

A dieta é outro fator que influencia muito a dose de insulina. O cão deve receber a mesma quantidade de ração todos os dias e ser alimentado sempre nos mesmos horários. Geralmente o cães são alimentados duas vezes ao dia antes de receber a insulina. A maioria dos cães diabéticos se sentem melhor com uma dieta rica em fibras insolúveis, como a Purina DCO. Você deve eliminar os petiscos conforme as instruções de seu veterinário.


Insulina

Há vários tipos de insulina utilizados no tratamento de cães diabéticos. As características diferem quanto à origem, duração de ação, concentração e a frequência de administração. A insulina mais comum utilizada em cães é a NPH (Humulin-N ou Novolin-N).
Normalmente, a primeira dose de insulina é dada quando o cão ainda está no hospital e o açúcar no sangue é medido na frequência de 2 a 4 horas. As doses seguintes podem ser ajustadas dependendo dos níveis de açúcar no sangue e a duração de seu efeito. Pode demorar de algumas semanas até dois meses, e vários testes de laboratório para encontrar a dose de insulina mais apropriada para seu cão.
Seu veterinário irá lhe mostrar como manipular adequadamente, medir, e aplicar a insulina em seu cão.


Monitoramento caseiro

Cães diabéticos devem ter cuidadoso acompanhamento em casa. Se você está disposto e é capaz, seu veterinário pode recomendar que você monitore o nível de açúcar no sangue de seu cão através de um monitor de glicose. Uma pequena lanceta é utilizada para perfurar a pele e obter uma pequena quantidade de sangue que é puxada para dentro do dispositivo. Na tela é mostrada a concentração de glicose na amostra. Um segundo método de monitoramento é através da verificação da urina para detecção da glicose e cetonas, utilizando uma pequena vareta. Assim, você deve tomar notas diária do alimentação de se cão, seu consumo de água e hábitos urinários. Se estes mudarem após a regulagem de insulina, pode ser a indicação de administrar mais de perto a dosagem de insulina. Nunca altere a dose de insulina com base no monitoramento feito em casa, a menos que especificamente instruído a fazê-lo por seu veterinário.


Tratamento concomitante de doenças

Cães com doenças concomitantes, especialmente hipotiroidismo e a doença de Cushing, podem tornar a regulagem de insulina muito difícil, a menos que estas doenças também sejam tratados.
 Considerações sobre o tratamento do diabetes em cães: Antes de iniciar o tratamento, é importante que o dono do cão seja bem informado e tenha tempo necessário para tomar decisões corretas pois regular o diabetes no cão requer compromisso. Os donos devem saber que:
 Deve levar algum tempo (semanas) e vários testes de laboratório para determinar a melhor dose de insulina para o seu cão.
 Para cães, a insulina é quase sempre dada duas vezes ao dia, todos os dias, em horários específicos, provavelmente por toda a vida do cão. Siga sempre as instruções de seu veterinário quanto ao tipo, quantidade e quando dar a insulina.
 A insulina deve ser manuseada adequadamente (refrigerada, nunca deve ser agitada, etc.)
 Há uma técnica correta que deve ser seguida na administração da insulina em seu cão.
 O tipo de insulina e de seringa utilizadas não devem ser alterados a menos que sob orientação do veterinário.
 O tipo e quantidade de ração, e quando o cão deve ser alimentado tem de ser compatível.
 O tipo e a quantidade de exercícios deve ser compatível.
O cão deverá ser cuidadosamente e diariamente monitorado em casa; quando procurar por orientação e retornar para realizar check-ups dependerá sinais apresentados pelo cão.
 A necessidade de insulina muitas vezes muda com o tempo e a dose de insulina pode precisar de ajustes periódicos baseados em testes de laboratório.
 Condições de emergência de baixa de açúcar no sangue (hipoglicemia) pode ser verificada se muita insulina é administrada em relação à ingestão de alimentos. O dono deve saber quando ocorre, os sinais apresentados e como controlá-la.
 Um nível alto de açúcar no sangue é melhor do que excessivamente baixo.
 Doenças ou procedimentos que o cão possa ter no futuro (por exemplo, cirurgias ou limpeza dos dentes) podem precisar de ser gerenciados de maneiras diferentes devido ao diabetes.
 A hiperglicemia (açúcar elevado no sangue) é sempre melhor do que a hipoglicemia (baixa de açúcar no sangue).

 Hipoglicemia

Você deve monitorar cuidadosamente seu cão para detectar sinais de hipoglicemia. Esta é uma condição em que o nível de glicose no sangue fica muito baixo. Isto normalmente ocorre quando a dose de insulina é muito elevada em relação ao consumo de ração, ou em casos de aumento dos exercícios físicos. Isto pode ser uma doença grave e até fatal, então você precisa entender quais sinais procurar e o que fazer se você percebê-los.
 Causas da hipoglicemia: A maior parte das causas de hipoglicemia em cães diabéticos pode ser prevenida ou prevista. A hipoglicemia é resultado de:
 Administração de muita insulina. Isto ocorre se a insulina incorreta ou o tipo errado de seringa é utilizado ou talvez uma segunda dose de insulina é dada devido à falta de comunicação entre os membros da família. Pode ainda ocorrer ao se tentar compensar a primeira dose que foi dada incorretamente. Raramente, um cão pode sofrer remissão espontânea de seu diabetes, ou seja, de repente insulina suficiente é produzida pelo organismo e a insulina suplementar não é mais necessária. Como e por que isso ocorre não é bem compreendido ainda, e pode ser apenas um fenômeno temporário.
 Alteração da ingestão de alimento. Se a insulina foi administrada mas o cão não se alimentou, o excesso de insulina, em relação à quantidade de glicose disponível nocorpo causará a diminuição da glicose do sangue. Similarmente, se a alimentação não é dada na hora correta ou um alimento diferente é dado, pode ocorrer a hipoglicemia.
 Aumento de exercícios físicos ou aumento do consumo de calorias. Se o corpo utiliza mais glicose para ter energia, ele pode utilizar mais glicose da corrente sanguínea.
 Dose insuficiente. Se a dose de insulina é insuficiente ou se a dose foi dada muito antes da hora no processo de adaptação, pode ocorrer a baixa da glicose
 Alterações do metabolismo causadas por outras doenças. Infecções, alguns medicamentos, os ciclos de calor e doenças hormonais (ou seus tratamentos) podem resultar em alterações da necessidade de insulina pelo organismo.
 Os sinais de hipoglicemia: Cães com hipoglicemia ficam deprimidos e apáticos; podem demonstrar fraqueza, espasmos musculares, ou má coordenação; podem ficar entorpecido em chegar ao estado de coma, ter convulsões ou até morrerem. Quanto mais cedo os sinais são reconhecidos, mais fácil e mais bem sucedido é o tratamento.
 O tratamento da hipoglicemia: O gerenciamento caseiro da hipoglicemia depende de se reconhecer os seus sinais iniciais. Se o cão é capaz de comer, ofereça-lhe comida comum. Se ele recusar, mas ainda assim puder engolir, ofereça-lhe um pouco de xarope Karo ®. Se ele ainda não é capaz de engolir, aplicar o xarope Karo nas gengivas. Se o cão responder, alimente-o. Contate seu veterinário para determinar se há necessidade de internação ou se outro tratamento é necessário.

 Complicações adicionais causadas pelo diabetes em cães

Além da hipoglicemia, existem outras doenças que se tornam mais comum em cães com diabetes.
Infecções do trato urinário: Pelo fato da urina ser diluída e muitas vezes conter açúcar, infecções bacterianas do trato urinário são comuns em cães diabéticos. Se você perceber que seu cão passou a urinar mais ou faz força para urinar ou está urinando apenas em pequena quantidade, ou ainda tenha a urina descolorida, contate o seu veterinário.
Outras infecções: Parece que os sistemas imunológico dos cães diabéticos não funciona adequadamente como o de um cão saudável.O resultado é que eles são mais suscetíveis a outras infecções.
 Catarata: a catarata se desenvolveu em até 80% dos cães diagnosticados com o diabetes melitus. Ela pode ser eficazmente tratada através de remoção cirúrgica.
 Outras: embora seja raro, cães com diabetes podem ter pressão arterial alta, a uveíte (inflamação dos olhos), doenças renais e aterosclerose (endurecimento das artérias).





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