domingo, 5 de outubro de 2014

Erros veterinários evidenciam a importância de uma segunda opinião




Quando o animal de estimação fica doente já é uma aflição grande. Quando a doença aparece de forma repentina, então, o desespero dobra. A pressa em socorrer o animal faz com que muitos donos de cães e gatos acabem agindo no impulso, gastando mais dinheiro do que o necessário e deixando o animal vulnerável. É preciso ter cautela na hora de agir nos casos de um diagnóstico mais grave.

O veterinário Eduardo Rosas conta que atende em torno de 10% de proprietários de cachorros que foram encaminhados de outras clínicas. “A conduta é a mesma da medicina humana, sempre manter a calma e procurar uma segunda opinião”, aconselha. É necessário averiguar cada caso: existem graus de acidentes motores que o procedimento de urgência é cirúrgico e rodar por clínicas atrás de um outro diagnóstico só atrasaria o tratamento.

Em outras situações, como no caso do câncer, quanto mais precoce for o diagnóstico maior a chance de cura. “Em toda profissão existem os bons e os maus profissionais, se o dono do animal constatar que houve algum tipo de erro médico é preciso procurar o Conselho Regional de Medicina Veterinária e formalizar a denúncia”, explica o veterinário.

O médico Paulo Galvão proprietário de Bento, um shih tzu de quatro anos, conta que no ano passado o cachorrinho teve uma inflamação no olho e, por indicação de um amigo, ele procurou um especialista em oftalmologia canina que indicou um colírio e falou da necessidade de uma cirurgia. “Na época o custo da cirurgia ia ser de R$ 2 mil, cheguei a fazer também os exames pré – operatórios”, conta Paulo.

Em busca de uma segunda opinião, o médico procurou outro especialista, dessa vez na Universidade Federal Rural de Pernambuco onde a consulta foi gratuita e o outro veterinário afirmou que não havia necessidade de cirurgia. “Ele passou dois colírios e pediu para Bento ficar em observação. O tratamento durou cerca de três semanas e hoje em dia ele não apresenta mais nenhum problema”, comemora. Da inflamação restou apenas uma pequena manchinha no olho. “Nunca mais procurei o outro veterinário”, disse.

A falta de informação é um fator importante nos casos de erro médico. Antigamente tratamentos a base de diclofenaco com ação anti- inflamatório eram receitados para os cachorros e muitos chegavam aos consultórios já intoxicados. “O fato das pessoas serem leigas em vários assuntos dão margem a casos desse tipo, além de que para procurar uma segunda opinião muitos donos não querem pagar outra consulta”, disse a profissional de medicina veterinária Rejane Lopes. “A questão da negligência ou apontar o erro de um colega é muito delicada, existe toda uma ética profissional”, explica a veterinária.

Questão judicial
Do ponto de vista legal, o veterinário tem responsabilidade civil em relação ao animal tratado. Além do prejuízo financeiro quando ocorrem casos desse tipo, também existe o transtorno mental pela perda do bichinho. O proprietário do animal que foi vítima do descaso pode ter o direito a indenização na justiça e deve produzir alguma prova que seja suficiente para comprovar a culpa do veterinário, seja num caso de negligência ou imprudência na conduta do profissional.


Como escolher um bom veterinário


Escolher um bom veterinário para o seu filho de quatro patas é uma missão fundamental. É sob a responsabilidade desse profissional que a vida do seu cãozinho será acompanhada e importantes decisões serão tomadas. Mas, para um bom resultado você precisa ficar atento a alguns pontos que, claro, estamos relacionando logo abaixo. A primeira coisa é pesquisar. Busque informações sobre o profissional na Sociedade de Medicina Veterinária de sua cidade e cheque o CRMV  (Conselho Regional de Medicina Veterinária). Peça opinião de clientes e amigos que frequentem a clínica e faça uma visita estratégica no sábado. Este é o dia mais movimentado em um estabelecimento desses. Quer ocasião melhor para testar a eficiência da estrutura?Nesta visita, aproveite para testar a nossas segunda dica: a higiene. Nem sempre arquitetura e decoração são sinais de limpeza! O importante é a clínica estar livre de odores exageradamente desagradáveis,  limpa, arejada e com equipamentos novos. Nessa visita, solicite que seja mostrado a você TODAS as instalações. Visitar recepção não conta para atestar a qualidade do ambiente! Nas primeiras consultas, comporte-se como se estivesse no pediatra: acompanhe todos os procedimentos para, inclusive, medir a habilidade e carinho que não só o veterinário, mas toda a equipe, terá o seu filho. Outra coisa importante: você precisa gostar do veterinário, da pessoa mesmo. Essa sintonia é necessária até para dar tranquilidade ao seu cão na hora das consultas. Convenhamos: se nem a gente gosta de ir ao médico, imagina eles.









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