quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Cães com focinhos achatados têm mais probabilidade de ter problema ocular




Quem tem cachorro em casa deve ficar atento a problemas nos olhos dos animais, principalmente quem tem cães da raça pug ou shar pei. Uma condição bastante comum que atinge essas duas raças é a pálpebra invertida, chamada também de entrópio. Essa afecção ocular tem causas genéticas e acontece quando a pálpebra se inverte, fazendo com o que os cílios fiquem em contato direto com os olhos. A longo prazo, isso traz diversas complicações e pode resultar na perda da visão do cachorrinho. 

De caráter hereditário, ou seja, passando de pais para filhos, essa afecção é comum em cachorrinhos que tenham o focinho achatado, como no caso dos pugs, chegando a atingir de 90 a 95% dos cães dessa raça. No caso do shar pei o problema se agrava pelo excesso de pele. Os donos de cachorros não costumam perceber o problema no começo, mas é importante avaliar se o cão está com secreção ocular, olho opaco, ou alguma mancha. “Os proprietários devem procurar um especialista para exames de precaução, antes que o entrópio se agrave”, recomenda o oftalmologista veterinário Fábio Brito. 

A fotógrafa Luana Alencar viu esse problema em seus dois cães da raça pug. O primeiro a apresentar a doença foi a Maria, de quase dois anos. Durante uma brincadeira, ela notou que  a cachorra começou a ficar com os olhos fechados e quando a levou ao especialista foi descoberto o entrópio. “Não tinha nada que mostrasse alguma indicação do problema, ela só lacrimejava muito”, conta Luana. A córnea da cadelinha já estava em processo avançado da doença e estava ulcerada. O tratamento foi feito com colírios antibióticos, mas mesmo assim a cirurgia foi necessária para precaver de uma nova ocorrência.

Com seu outro pug, Bumblebee, três anos, o problema foi o mesmo, mas o cão precisou fazer uma cirurgia que retirou também uma parte da sua bochecha. Hoje os dois cachorrinhos estão muito bem. “O oftalmologista indicou vida normal após a recuperação, que é muito rápida, e a aplicação diária de um gel que ajuda nesse processo anti- ressecamento”, explica a proprietária. 

“Normalmente quando o entrópio acontece ele acomete os dois olhos do cachorrinho. A cirurgia nesses casos é indicada a partir dos oito meses de idade e é o único tratamento que, se bem feito, previne o aparecimento da afecção novamente”, explica Fábio Brito. O processo cirúrgico consiste em remover o excesso de pele e depois o cãozinho precisa usar um colar protetor que impeça que ele coce ou machuque a região.


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